Fogo



















Fogo

Sem saber o tempo,

Nem sabendo aonde,

O tanto dos passos que correm à solta...

Do cheiro que venta os sonhos mais escondidos,

Do belo andar, elegante em sinal (sem querer a mostra),

Não me entrega nenhum indício!

Meu olhar não se socorre, ele corre desligado de qualquer norte...

Essa chama que só sabe desejar, desvirtua...

Mesmo que todo senso tente um oriente...

A tua beleza existe,

E perde homens por seu próprio centro!

Advogues palavras que vagueiam,

Toma posse do que chega teu,

Toma-te teu mundo, furacão...

As palavras não escritas, as aventuras renovadas,

A esperança de ver todas as bobeiras do dia-a-dia em sorriso vadio,

O momento simples como o maior de todos os tempos.

A mulher como fruta de constante consagração!

Pega o meu coração!

E quando se esquecer do fogo,

Ele ainda será teu...